sexta-feira, 24 de abril de 2009

Jazz



Jazz

O modo dórico é construído no segundo grau da escala maior, usando-se as mesmas notas dessa escala. Por exemplo, a escala dórica de Ré é montada com as notas da escala Dó Maior, a partir do Ré, e consiste de "Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó". O modo dórico é muito parecido com uma escala menor, mas o sexto grau é elevado em meio tom. Ou seja, a escala Ré Menor teria um Si Bemol, enquanto o modo dórico tem um Si.
Como ele parece tanto com a escala menor, é natural tocar esse modo sobre um acorde de sétima menor. Aliás, ele é usado com mais freqüência do que a própria escala menor. Se você for ao piano e tocar um acorde Dm7 ("Ré, Fá, Lá, Dó") com a mão esquerda, e tocar as notas do modo dórico de Ré e da escala menor de Ré na mão direita, vai provavelmente concluir que o modo dórico soa melhor, porque o Si é menos dissonante contra um acorde Dm7 do que o Si Bemol. Se você usar o modo dórico sobre um acorde de sétima menor, não há notas evitadas.
Do mesmo modo que com o acorde de sétima maior, você pode acrescentar terças ao acorde de sétima menor para fazer Dm9, Dm11 e Dm13. Esses acordes ainda implicam o uso da mesmo modo dórico. Se você usar a escala menor natural, o acorde de décima-terceira contém a nota Si Bemol, que é um tanto dissonante nesse contexto.
Esse acorde é raramente usado, mas quando ele é pedido, é geralmente notado Dm7b6, e é uma das poucas exceções à regra de que a maioria dos acordes são grafados em termos das extensões com números ímpares acima da sétima. Essa regra vem do fato de que os acordes são tradicionalmente feitos pela sobreposição de terças. A notação Dm6 é às vezes um sinônimo de Dm13 quando o Si natural é explicitamente pedido.
Na teoria clássica, há três tipos de escala menor. A escala menor que já discutimos, o modo eólio, é também chamada de escala menor natural ou pura. As duas outras escalas menores foram derivadas dela para oferecer possibilidades harmônicas e melódicas mais interessantes.
Se você construir uma progressão ii-V-I numa escala menor, vai descobrir que o acorde de sétima construído sobre a tônica é um acorde de sétima menor, e o acorde de sétima construído sobre o segundo grau é um acorde de sétima meio diminuto.
Por exemplo, Am7 e Bm7b5 na escala Lá Menor. O acorde construído sobre o quinto grau dessa escala é um acorde menor, por exemplo Em7 em Lá Menor. A resolução de Em7 em Am7 não é tão forte quanto a de E7 em Am7. Além disso, o Am7 não soa como uma tônica; ele soa como se precisasse resolver num acorde de Ré Maior. Ao elevar o sétimo grau da escala menor em meio tom (isto é, elevar o Sol de Lá Menor para Sol Sustenido), esses problemas são resolvidos.
O acorde construído no quinto grau é agora um E7, e o acorde de sétima construído sobre a tônica é uma tríade de Lá Menor com uma sétima maior, geralmente notado Am-maj7. Isso cria um ii-V-i muito mais forte. A escala resultante, "Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol Sustenido", é chamada de menor harmônica, porque se entende que ela gera harmonias mais interessantes que a escala menor natural.
O sétimo grau de uma escala maior é às vezes chamado de nota sensível, já que está somente meio tom abaixo da tônica e encaminha muito bem a ela melodicamente. O sétimo grau da escala menor natural, por sua vez, está um grau inteiro abaixo da tônica e não encaminha tão bem para ela. Embora a escala menor harmônica contenha uma nota sensível, se você tocar essa escala, notará que o intervalo entre o sexto e o sétimo graus (o Fá e o Sol Sustenido na escala Lá Menor Harmônica) é estranho melodicamente.
Esse intervalo é chamado de segunda aumentada. Embora ele soe exatamente como uma terça menor, não há tons na escala entre as duas notas. Esse intervalo é considerado dissonante na harmonia clássica. Para consertar a situação, a sexta pode ser elevada meio tom também (de Fá para Fá Sustenido) para gerar a menor melódica.
Na teoria clássica, essa escala é geralmente usada somente de modo ascendente. Quando descendente, já que o Sol Sustenido não é usado para encaminhar para a tônica Lá, a menor natural é geralmente usada em seu lugar. A harmonia de jazz normalmente não distingue esses casos, contudo. A escala menor melódica ("Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá Sustenido, Sol Sustenido") é usada tanto no sentido ascendente quanto no descendente.Tanto a menor harmônica quanto a melódica delineiam um acorde m-maj7 no primeiro grau, por exemplo um Am-maj7 ("Lá, Dó, Mi, Sól Sustenido") em Lá Menor.
Tanto a escala menor harmônica quanto a menor melódica podem ser usadas sobre este acorde. A menor melódica também é usada sobre acordes marcados simplesmente m6, embora, como foi observado antes, esse símbolo possa também implicar o modo dórico.
Vários dos modos da escala menor melódica geram harmonias particularmente interessantes e são tocados com freqüência no jazz. Essas escalas não são normalmente descritas na teoria clássica, por isso os nomes delas são menos padronizados que os modos da escala maior.Frígio com Sexta Maior Lídio Aumentado Lídio Dominante Quinto Modo Lócrio com Segunda Maior Escala Alterada
Os modos gregos nada mais são que escalas derivadas da escala maior. A principal diferença está na configuração dos intervalos com relação à tônica: Na escala maior temos a fórmula: Tônica, 2ª maior, 3ª maior, 4ª justa, 5ª justa, 6ª maior e 7ª maior (simplificando a notação: T, 2, 3, 4, 5, 6, 7M).
Se pegarmos o modo dórico, por exemplo, teríamos a seguinte configuração: T, 2, 3m, 4, 5, 6, 7m. Podemos notar que a 3ª e a 7ª foi diminuídas em um semitom. Essa alteração causa uma diferença bastante significante em relação à sonoridade da escala.
Abaixo estão listados os modos derivados da escala maior(ou menor natural) e suas respectivas configurações:
Modo --> Configuração --> Exemplo com a tônica em E Jônio --> T, 2, 3, 4, 5, 6, 7M --> E, F#, G#, A, B, C#, D# Dórico --> T, 2, 3m, 4, 5, 6, 7 --> E, F#, G, A, B, C#, D Frígio --> T, 2m, 3m, 4, 5, 6m, 7 --> E, F, G, A, B, C, D Lídio --> T, 2, 3, #4, 5, 6, 7M --> E, F#, G#, A#, B, C#, D# Mixolídio --> T, 2, 3, 4, 5, 6, 7 --> E, F#, G#, A, B, C#, D Eólio --> T, 2, 3m, 4, 5, 6m, 7 --> E, F#, G, A, B, C, D Lócrio --> T, 2m, 3m, 4, b5, 6m, 7 --> E, F, G, A, Bb, C, DModo Jônio
Este modo é o primeiro modo do campo harmônico maior. Note que sua fórmula é igual a da escala maior. O modo Jônio tem uma sonoridade alegre, e é bastante usado na música popular.
Tabela de Soluções (tônica = A): Acordes mais usados --> I, I7M, Isus4, I9 e I13 --> A, A7M, Asus4, A9 e A13. Harmonia característica --> I V/I IV/I --> A E/A D/A Tríades --> I, IV, V e III --> A, D, E e C#m Tétrades --> I7M, IIIm7, Vsus4 e VIm7 --> A7M, C#m7, Esus4 e F#m7 Pentatônicas --> I, IV e V --> A(F#m), D(Bm) e E(C#m)
Modo DóricoO modo Dórico tem uma sonoridade mais tensa e fechada, e é bastante usado no rock, blues e jazz.Tabela de Soluções (os graus são considerados em relação ao Campo Harmônico de G): Tríades --> II, I, IV, V --> Am, G, C e D Tétrades --> IIm7, IV7+, VIm7, VIIm7(5b) e I7+ --> Am7, C7+, Em7, F#m7(5b) e G7+ Pentatônicas --> IIm7, IIm6M, VI, III --> Am, Am6, Em e Bm

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