sábado, 25 de abril de 2009

Teoria das Escalas

Teoria das escalas


Como descrito na introdução, harmonia é um conjunto de sons... Começaremos estudando as escalas musicais: O que é uma escala? Escala é uma seqüência de notas que seguem uma orientação, baseada em uma nota principal, a TÔNICA. Bom, mas antes de entrarmos a fundo nesse assunto, é necessário vermos tom e semi-tom: Tom é o espaço que existe entre uma nota e outra. É formado de dois semi-tons. Semi-tom é o espaço mínimo que existe entre uma nota e outra em uma escala. Na verdade isso não é inteiramente verdade. Um semi-tom pode ser dividido em nove unidades denominada "COMA". O coma é a medida mínima do som. E daí se explica a desafinação de um instrumento ou voz. Se em um intervalo de um tom (2semi-tons) não se elevar ou diminuir som em EXATAMENTE 2 semi-tons ( ou seja, 18 comas) ocorre a desafinação. Exemplo: De DÓ para RÉ são dois semi-tons. Mas e a nota que está entre elas? Sustenido (#): é a alteração, ou elevação ascendente de um semi-tom a uma nota. EX.: DÓ-DÓ#. Elevou-se a nota DÓ i um semi-tom. Bemol (b): é a alteração, ou diminuição descendente de um semi-tom a uma nota. EX.: RÉ-RÉb. Diminui-se a nota RÉ i um semi-tom. OBS.: MI# e SI# "teoricamente" não existem. Isso não é verdade e será explicado mais a frente. Para se formar uma escala, usa-se a seguinte fórmula: T- t - t - st -t - t - t -st T=> tônica t=> tom st=> semi-tomExplicando: Tomando a nota básica ( T ), anda-se um tom, depois outro tom, depois um semi-tom,..., e por último outro semi-tom, retornando à tônica. Exemplo: Tomando como tônica a nota DÓ, deve substituir na letra T. Substituindo: DÓ-RÉ-MI-FÁ-SOL-LÁ-SI-DÓ. Entendendo: De DÓ para RÉ existe um tom( DÓ-DÓ#-RÉ). De RÉ para MI existe um tom( RÉ-RÉ#-MI). De MI para FÁ existe um semitom( MI-FÁ), já que teoricamente MI# não existe. E assim por diante. Daí para frente é só usar a formulazinha e substituir a tônica pela nota da escala desejada. Exemplo: Escala de FÁ. Substituindo: FÁ- SOL- LÁ- SIb- DÓ-RÉ-MI-FÁDe FÁ para SOL existe um tom (FÁ-FÁ#-SOL) De SOL para LÁ existe um tom (SOL-SOL#-LÁ) Agora vem a pergunta: porque é SIb e não LÁ#? Não é a mesma coisa? R.: Ao ouvido é a mesma coisa sim. Mas na hora de se ler uma partitura de uma música em FÁ jamais você vai encontrar um LÁ#.Treine isso e faça com as outras escalas. ExplicaçãoGeralmente o pessoal acha que escalas é muito fácil e aprende de qualquer jeito, isto é, aprende errado. Agora vou mostrar o porquê do MI# e SI#.O "x"da questão é o seguinte: as pessoas não sabem que é OBRIGATÓRIO as escalas terem todas as 7 notas musicais(C,D,E,F,G,A,B). Mas como assim? Veja o exemplo (agora na nomenclatura de CIFRA) ESCALA DE DÓ: C, D,E,F,G,A,B,CSimples certo. Tem todas as notas musicais de C a C. Agora a escala de D: D,E,F#,G,A,B,C#.D. Bom ainda está fácil, certo? Tem todas as 7 notas musicais de novo.Agora mais uma, a de E: E,F#,G#,A,B,C#,D#,ESem mistério. Agora já muda uma pouco com a de F. Responda: qual está certa? Essa: F,G,A,A#,C,D,E,F; ou essa: F,G,A,Bb,C,D,E,F; Ou as duas estão certas? Se você acha que é a primeira, você pensou como muitos por aí, A certa é a 2ª e só a 2ª. Por que? R.: é como eu já havia dito: TODAS AS ESCALAS DEVEM TER TODAS AS NOTAS MUSICAIS. Explicação: Na escala de F, seguindo a nossa fórmula, vemos que da terceira para a quarta nota deve haver um intervalo de apenas meio tom. No caso A(3º) para supostamente A#(st). Por que não pode ser A#? Simples: porque já tem uma nota A na escala, não pode haver outra, porque senão iria faltar uma das notas musicais, no caso a nota B. Então ao invés de usarmos A# devemos usar Bb, que é sonoricamente a mesma coisa. Uma coisa deve ser muito bem entendida: INDEPENDENTE DE SER SUSTENIDO OU BEMOL, A NOTA LÁ SEMPRE VAI SER LÁ (A, Ab, A#). O MESMO VALE PARA QUALQUER OUTRA NOTA MUSICAL. Por exemplo (pra não restar mais dúvida): C, Cb e C# TODAS são Dós. Então se uma escala se estiver faltando a nota DÓ vai ser dessas três. Mas a verdade é que existem ainda mais outros dois símbolos que alteram a elevação do som de uma nota. x (na verdade é um "x" um pouco diferente, mas este serve): este é o DOBRADO SUSTENIDO. Altera i dois st ascendentes a nota. bb: DOBRADO BEMOL. Altera i dois st descendentes a nota. Agora o E# e o B#:Agora que você já entendeu a colocação acima( se não entendeu volte e entenda) tente fazer a escala de C#. TENTE! Bom, pra começar use a nossa fórmula. Você, logicamente, deve ter percebido que se na escala de C nenhuma nota era sustenida agora todas vão ser. Antes era: C,D,E,F,G,A,B,C. Agora sustenizando todas as notas teremos: C#,D# e...... não tem jeito; tem que ser E#! Depois F#, G#, A#, e.......B#.Pronto! Agora outro exemplo simples: ESCALA DE D#:D#, E#......, e agora? Antes o F já era sustenido. Só resta usar o DOBRADO SUSTENIDO! Então fica: D#,E#,Fx,G# A#, B# e por fim CxO mesmo se aplica à escala de Fb: FB, Gb, Ab, e......Bbb, Cb,Db,Eb,Fb. Este assunto é muito importante, se você o entender bem não terá dificuldade nas próximas lições, pois elas estão todas baseadas neste teoria.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Jazz



Jazz

O modo dórico é construído no segundo grau da escala maior, usando-se as mesmas notas dessa escala. Por exemplo, a escala dórica de Ré é montada com as notas da escala Dó Maior, a partir do Ré, e consiste de "Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si, Dó". O modo dórico é muito parecido com uma escala menor, mas o sexto grau é elevado em meio tom. Ou seja, a escala Ré Menor teria um Si Bemol, enquanto o modo dórico tem um Si.
Como ele parece tanto com a escala menor, é natural tocar esse modo sobre um acorde de sétima menor. Aliás, ele é usado com mais freqüência do que a própria escala menor. Se você for ao piano e tocar um acorde Dm7 ("Ré, Fá, Lá, Dó") com a mão esquerda, e tocar as notas do modo dórico de Ré e da escala menor de Ré na mão direita, vai provavelmente concluir que o modo dórico soa melhor, porque o Si é menos dissonante contra um acorde Dm7 do que o Si Bemol. Se você usar o modo dórico sobre um acorde de sétima menor, não há notas evitadas.
Do mesmo modo que com o acorde de sétima maior, você pode acrescentar terças ao acorde de sétima menor para fazer Dm9, Dm11 e Dm13. Esses acordes ainda implicam o uso da mesmo modo dórico. Se você usar a escala menor natural, o acorde de décima-terceira contém a nota Si Bemol, que é um tanto dissonante nesse contexto.
Esse acorde é raramente usado, mas quando ele é pedido, é geralmente notado Dm7b6, e é uma das poucas exceções à regra de que a maioria dos acordes são grafados em termos das extensões com números ímpares acima da sétima. Essa regra vem do fato de que os acordes são tradicionalmente feitos pela sobreposição de terças. A notação Dm6 é às vezes um sinônimo de Dm13 quando o Si natural é explicitamente pedido.
Na teoria clássica, há três tipos de escala menor. A escala menor que já discutimos, o modo eólio, é também chamada de escala menor natural ou pura. As duas outras escalas menores foram derivadas dela para oferecer possibilidades harmônicas e melódicas mais interessantes.
Se você construir uma progressão ii-V-I numa escala menor, vai descobrir que o acorde de sétima construído sobre a tônica é um acorde de sétima menor, e o acorde de sétima construído sobre o segundo grau é um acorde de sétima meio diminuto.
Por exemplo, Am7 e Bm7b5 na escala Lá Menor. O acorde construído sobre o quinto grau dessa escala é um acorde menor, por exemplo Em7 em Lá Menor. A resolução de Em7 em Am7 não é tão forte quanto a de E7 em Am7. Além disso, o Am7 não soa como uma tônica; ele soa como se precisasse resolver num acorde de Ré Maior. Ao elevar o sétimo grau da escala menor em meio tom (isto é, elevar o Sol de Lá Menor para Sol Sustenido), esses problemas são resolvidos.
O acorde construído no quinto grau é agora um E7, e o acorde de sétima construído sobre a tônica é uma tríade de Lá Menor com uma sétima maior, geralmente notado Am-maj7. Isso cria um ii-V-i muito mais forte. A escala resultante, "Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá, Sol Sustenido", é chamada de menor harmônica, porque se entende que ela gera harmonias mais interessantes que a escala menor natural.
O sétimo grau de uma escala maior é às vezes chamado de nota sensível, já que está somente meio tom abaixo da tônica e encaminha muito bem a ela melodicamente. O sétimo grau da escala menor natural, por sua vez, está um grau inteiro abaixo da tônica e não encaminha tão bem para ela. Embora a escala menor harmônica contenha uma nota sensível, se você tocar essa escala, notará que o intervalo entre o sexto e o sétimo graus (o Fá e o Sol Sustenido na escala Lá Menor Harmônica) é estranho melodicamente.
Esse intervalo é chamado de segunda aumentada. Embora ele soe exatamente como uma terça menor, não há tons na escala entre as duas notas. Esse intervalo é considerado dissonante na harmonia clássica. Para consertar a situação, a sexta pode ser elevada meio tom também (de Fá para Fá Sustenido) para gerar a menor melódica.
Na teoria clássica, essa escala é geralmente usada somente de modo ascendente. Quando descendente, já que o Sol Sustenido não é usado para encaminhar para a tônica Lá, a menor natural é geralmente usada em seu lugar. A harmonia de jazz normalmente não distingue esses casos, contudo. A escala menor melódica ("Lá, Si, Dó, Ré, Mi, Fá Sustenido, Sol Sustenido") é usada tanto no sentido ascendente quanto no descendente.Tanto a menor harmônica quanto a melódica delineiam um acorde m-maj7 no primeiro grau, por exemplo um Am-maj7 ("Lá, Dó, Mi, Sól Sustenido") em Lá Menor.
Tanto a escala menor harmônica quanto a menor melódica podem ser usadas sobre este acorde. A menor melódica também é usada sobre acordes marcados simplesmente m6, embora, como foi observado antes, esse símbolo possa também implicar o modo dórico.
Vários dos modos da escala menor melódica geram harmonias particularmente interessantes e são tocados com freqüência no jazz. Essas escalas não são normalmente descritas na teoria clássica, por isso os nomes delas são menos padronizados que os modos da escala maior.Frígio com Sexta Maior Lídio Aumentado Lídio Dominante Quinto Modo Lócrio com Segunda Maior Escala Alterada
Os modos gregos nada mais são que escalas derivadas da escala maior. A principal diferença está na configuração dos intervalos com relação à tônica: Na escala maior temos a fórmula: Tônica, 2ª maior, 3ª maior, 4ª justa, 5ª justa, 6ª maior e 7ª maior (simplificando a notação: T, 2, 3, 4, 5, 6, 7M).
Se pegarmos o modo dórico, por exemplo, teríamos a seguinte configuração: T, 2, 3m, 4, 5, 6, 7m. Podemos notar que a 3ª e a 7ª foi diminuídas em um semitom. Essa alteração causa uma diferença bastante significante em relação à sonoridade da escala.
Abaixo estão listados os modos derivados da escala maior(ou menor natural) e suas respectivas configurações:
Modo --> Configuração --> Exemplo com a tônica em E Jônio --> T, 2, 3, 4, 5, 6, 7M --> E, F#, G#, A, B, C#, D# Dórico --> T, 2, 3m, 4, 5, 6, 7 --> E, F#, G, A, B, C#, D Frígio --> T, 2m, 3m, 4, 5, 6m, 7 --> E, F, G, A, B, C, D Lídio --> T, 2, 3, #4, 5, 6, 7M --> E, F#, G#, A#, B, C#, D# Mixolídio --> T, 2, 3, 4, 5, 6, 7 --> E, F#, G#, A, B, C#, D Eólio --> T, 2, 3m, 4, 5, 6m, 7 --> E, F#, G, A, B, C, D Lócrio --> T, 2m, 3m, 4, b5, 6m, 7 --> E, F, G, A, Bb, C, DModo Jônio
Este modo é o primeiro modo do campo harmônico maior. Note que sua fórmula é igual a da escala maior. O modo Jônio tem uma sonoridade alegre, e é bastante usado na música popular.
Tabela de Soluções (tônica = A): Acordes mais usados --> I, I7M, Isus4, I9 e I13 --> A, A7M, Asus4, A9 e A13. Harmonia característica --> I V/I IV/I --> A E/A D/A Tríades --> I, IV, V e III --> A, D, E e C#m Tétrades --> I7M, IIIm7, Vsus4 e VIm7 --> A7M, C#m7, Esus4 e F#m7 Pentatônicas --> I, IV e V --> A(F#m), D(Bm) e E(C#m)
Modo DóricoO modo Dórico tem uma sonoridade mais tensa e fechada, e é bastante usado no rock, blues e jazz.Tabela de Soluções (os graus são considerados em relação ao Campo Harmônico de G): Tríades --> II, I, IV, V --> Am, G, C e D Tétrades --> IIm7, IV7+, VIm7, VIIm7(5b) e I7+ --> Am7, C7+, Em7, F#m7(5b) e G7+ Pentatônicas --> IIm7, IIm6M, VI, III --> Am, Am6, Em e Bm

Dicas aos Músicos

Super dicas aos músicos :




1- O músico precisa aprender a se "mixar" no grupo, aprender a ouvir os outros instrumentos, afinal, é um conjunto musical.
2- Todo músico deve treinar prática de conjunto se quiser amadurecer mais rapidamente.
3- A teoria musical é fundamentalmente necessária, mas entre a teoria e a prática há uma distância que poucos querem percorrer.
4- "Um bom médico não é aquele que receita um remédio sem saber o que está fazendo. Um bom músico não é aquele que toca sem saber o que faz".
5- Autodidata - Há um engano no uso deste termo, pois há muitos analfabetos musicais dizendo-se autodidatas (uma desculpa para a preguiça), autodidata é aquele que estuda sem um professor, mas estuda.
6- Uns falam antes de tocar algo, outros tocam antes de falar algo. Eis a diferença entre "músicos" e músicos.
7- O músico deve aprender a conduzir uma música como ela é e não como ele acha que deve ser. Isto é maturidade.
8- Há músicas em que o metrônomo só serve para o primeiro compasso, porque necessitam de uma interpretação flexível.
9- A pulsação rítmica bem como o andamento são para serem sentidos e não ouvidos. Este princípio é para todos, mas fundamental para bateristas e percursionistas.
10- Acompanhar um cântico é antes de tudo uma prática de humildade e sensibilidade. Nas igrejas, geralmente, os músicos querem mostrar toda a sua técnica em hora errada. O correto é usar poucas notas, não saturar a harmonia, inserir frases nos espaços melódicos apenas, e o baterista conduzir. Ou seja, economize informações musicais!
11- Há uma tendência atual de supervalorizar a velocidade do músico, quantas notas ele executa por tempo. Velocidade não é sinônimo de bom músico. O bom músico é aquele que tem a sensibilidade de fazer a coisa certa na hora certa. A velocidade é uma consequência.
12- A técnica deve ser estudada e sempre aprimorada, mas lembre-se de que é um meio de facilitar a execução da música e não um meio de exibicionismo.
13- Uma boa maneira de aprimorar a interpretação é aprender primeiro a se ouvir, depois executar. Tem gente que canta e toca e não sabe o que está fazendo; acostume então a gravar o que é executado e seja autocrítico, estude, grave e ouça o que estudou; com o tempo você encontrará a forma ideal para a sua execução.
14- Lembre-se: pausa também é música, portanto, "não sole na pausa".
15- A música possui três elementos básicos: harmonia, melodia e ritmo. Procure distribuir os instrumentos musicais no arranjo conforme estes elementos. Há instrumentos harmônicos e melódicos, há somente melódicos, há rítmicos e instrumentos que fazem os três, mas defina no ensaio ou arranjo, quais serão os devidos "papéis" para cada instrumento.
16- A escolha do tom de uma música depende do canto; este deve ser dentro da tessitura vocal e confortável para ela. Mesmo que o tom escolhido não seja o mais confortável para o instrumentista ele deve executá-lo. Outra observação é que o tom pode influenciar na soronidade da música vocal com acompanhamento. O problema é que muitos confundem. Na música instrumental, a técnica e a expressão são mais exigidos porque as notas devem transmitir algo. Na música onde há o canto, a ênfase é para a mensagem, portanto, não deve ser interferida por outros elementos.
17- Versatilidade - Procure ser o mais possível. Saiba ouvir vários estilos, do erudito ao moderno, ouça com ouvido crítico e analítico. Saiba ouvir. Extraia coisas boas de cada estilo. Outro detalhe, é o músico não ficar "preso" somente ao seu instrumento, saiba apreciar a forma de execução como sonoridade e fraseado de outros instrumentos.